Tipos de parto e de anestesia que a gestante escolhe

Uma das decisões mais importantes que toda gestante deve tomar diz respeito aos tipos de parto e de anestesia a que irá se submeter.

Há três tipos de partos: normal, cesariana e induzido. A maioria das mulheres tem informações básicas sobre eles, mas nunca é demais aprender.

Já no caso das anestesias, existem a geral, a peridural e a raquidiana, mais conhecida como raqui. Cada uma dessas causa efeitos diferentes no organismo.

Veja mais detalhes sobre essas etapas do parto e já comece a refletir sobre qual parto e anestesia você tende a escolher. Na hora certa, você tomará essa decisão com a equipe médica.

Escolhas são importantes para tornar a experiência mais positiva possível

Os tipos de parto e de anestesia que as mulheres podem escolher ao dar à luz fazem com que vivenciem essa experiência da melhor forma possível. Elas não tomam tal decisão de forma isolada, ao contrário, contam com o apoio da equipe médica. Como atualmente há opções tanto de parto quanto de anestesia, existe algo que seja mais adequado?

Para responder a essa pergunta, em primeiro lugar é necessário levar em consideração que cada gestante possui características próprias. Além das condições de saúde, como por exemplo ser uma paciente em tratamento de diabetes ou doenças cardiovasculares, há os fatores ligados à gestação, entre esses, o tamanho do bebê.

As preferências pessoais da mulher também fazem parte das informações que os médicos levam em consideração ao definir os tipos de parto e de anestesia. Sendo assim, a escolha mais adequada é aquela que tem a perspectiva de tornar o parto mais seguro, confortável e respeitoso para cada gestante. Afinal, esse é o sonho ao passar por um dos momentos mais especiais da vida.

Isso é mais fácil de alcançar quando a mulher conhece antecipadamente todas as alternativas, pois assim ela tem condições de tirar dúvidas e aprofundar o tema logo na primeira vez em que falar sobre esse assunto. Tenha em mente que você não apenas pode, mas também deve participar das decisões referentes ao parto. Isso é essencial.

Logo abaixo, você verá quais são as alternativas de cada etapa: parto e anestesia. Há uma apresentação da opção, seguida de seus pontos positivos e os desafios que surgem a partir dessa escolha. Lembre-se, não há certo ou errado, apenas o melhor para você, de acordo com seu perfil. Agora, o importante é saber com antecedência de que se trata, para chegar ao consultório já levando uma lista de perguntas.

PARTO NORMAL

É o tipo de parto mais natural que existe e realizado desde o tempo das cavernas. O corpo da mulher conduz o processo até o nascimento do bebê e é a forma mais indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando não há contraindicações. Era o método mais escolhido até o início dos anos 2000.

Vantagens

• A mulher se recupera mais rápido
• Há menor risco do complicações na cirurgia
• O tempo de internação é menor em comparação à cesariana
• Existe maior estímulo à produção de ocitocina e à amamentação.

Desafios

• A mulher sente crescente dor durante as contrações e no momento do nascimento ela é intensa.
• O período de trabalho de parto é imprevisível e pode durar várias horas para algumas mulheres
• Caso surja alguma complicação ou um sinal de sofrimento do feto, há necessidade de intervenção.

CESARIANA

Antigamente, a cesariana era realizada apenas em casos de exceção, pois se trata de um procedimento no qual o médico retira o bebê por meio de uma incisão na barriga. Ela é segura quando realizada adequadamente, porém, exige mais cuidados do que o parto vaginal. A história mostra que essa técnica é realmente muito antiga.

Indicações para realizar a cesariana

• Quando o bebê não está na posição adequada para sair
• Se há sinais de que o bebê não está bem de saúde e precisa nascer logo.
• No caso de placenta prévia, uma complicação em que a placenta cobre uma parte ou todo o orifício do colo do útero. Isso impede um parto vaginal seguro.
• Quando o bebê pesa mais de 4 Kg (macrossomia) e um parto normal pode causar fraturas no bebê ou lesões nos órgãos da mãe
• Nas gestações múltiplas (gêmeos ou trigêmeos) e em certas condições de saúde dos bebês e da mãe.
• Por fim, esse método pode ser simplesmente a preferência da mãe, após ela receber todas as informações sobre os riscos existentes e os benefícios desse método.

Vantagens

• Há como saber o momento exato do parto, pois pode ser agendado
• Como o parto está planejado, existe maior segurança para superar complicações
• Redução do risco de ocorrer algum trauma no bebê, devido a partos difíceis.

Desafios

• Trata-se de uma cirurgia de médio porte que exige recuperação mais lenta
• Devido à cirurgia, existe maior risco de infecções e complicações anestésicas
• Como a paciente se recupera mais devagar, o tempo de internação é maior
• Em certos casos, a gestante tem maior dificuldade para iniciar a amamentação.

PARTO INDUZIDO

Os médicos recorrem ao parto induzido quando a gestação ultrapassa 41 semanas ou se, antes desse prazo, a mãe ou o bebê correm algum risco. Essa indução é feita para estimular as contrações usando medicamentos ou métodos mecânicos envolvendo a dilatação do colo do útero por meio de pressão.

Vantagens

– É uma opção de iniciar o trabalho de parto sob condições controladas e mais seguras.

– Viabiliza a realização do parto normal quando o trabalho de parto não inicia naturalmente.

Desafios

• Em certos casos, esse tipo de parto pode ser mais doloroso que o espontâneo.
• Há possibilidade de mesmo assim o trabalho de parto não evoluir como esperado e ser necessário recorrer à cesariana.
• Como se trata de uma indução, a mãe e o bebê precisam de monitoramento contínuo.

Entendeu como ocorrem e quais são as diferenças entre os três tipos de parto? Após definir essa parte tão importante, resta escolher qual anestesia tomar para passar por essa experiência que certamente você vai se lembrar a vida inteira.

ANESTESIAS

É importante você saber que o tipo de anestesia depende não apenas do parto que você escolher, mas também de seu estado de saúde. O anestesiologista avalia o quadro clínico de cada gestante e tira todas as dúvidas referentes a esse procedimento.

PERIDURAL
A equipe médica utiliza essa anestesia com frequência tanto para realizar o parto normal quanto a cesariana. Ela reduz bastante a intensidade da dor e mantém a mulher consciente do início ao fim do parto.

Vantagens

• A mulher sente menos dor durante o trabalho de parto e no instante do nascimento
• É possível ajustar a dosagem da anestesia de acordo com a necessidade da ocasião
• Como a gestante fica consciente, ela participa ativamente do processo e pega o filho no colo logo após o nascimento.

Desafios

• Há risco de essa anestesia levar à redução da pressão arterial
• Em alguns casos, as mulheres relatam sentir dor de cabeça no período pós-parto.

REQUIANA (RAQUI)
Sua aplicação é feita diretamente no líquido da medula e esse tipo de anestesia é mais frequente em cesarianas.

Vantagens

• Seu efeito é instantâneo e a mulher deixa de sentir qualquer dor
• Mesmo sem sentir dor, a gestante permanece acordada e acompanha o parto.

Desafios

• Tem efeito de curta duração, de forma geral entre 2h e 4h, e por isso não é indicada para partos longos
• Há risco de a mulher sentir cefaleia pós-raqui, mas esse sintoma é passageiro. É mito a informação de que por várias a mulher não pode levantar a cabeça do travesseiro após se submeter a essa anestesia.

ANESTESIA GERAL
Atualmente, essa anestesia é cada vez menos utilizada e tal escolha fica reservada a casos de emergência ou quando há contraindicação das demais alternativas.

Vantagem

• Seu maior benefício é sedar total e imediatamente a paciente em casos de urgência.

Desafios

• A mãe fica desacordada durante todo o processo de parto
• Impede o contato com o bebê logo no nascimento
• Há certo risco de complicações respiratórias.

Assim como o tipo de parto, você deve escolher a anestesia em conjunto com a equipe médica. Ela vai avaliar suas condições clínicas, a saúde do bebê e até suas preferências. Lembre-se de que a prioridade sempre é garantir a sua segurança de forma respeitosa, com o objetivo de tornar essa experiência mais positiva possível. Tenha isso em mente.

Se essa é a primeira vez que você vai dar à luz, o que achou das informações que oferecemos a você? Clarearam sua mente? Se você já é mãe e está grávida novamente, diga como foi sua experiência anterior e se mudaria algo no próximo parto. Vá até as nossas redes sociais e compartilhe sua história com as mamães de primeira viagem.

Você também pode ver aqui no blog quais são as principais características do primeiro, do segundo e do terceiro trimestre de gestação. Cada um deles tem seus cuidados e suas encantos. Caso você não esteja gravida, envie esse texto para aquela familiar ou amiga que está esperando bebê e precisa saber dessas informações. Se você estiver grávida, como se dizia antigamente, tenha uma boa hora.