As chuvas estão mais fortes e frequentes em várias cidades, aumentando o número de doenças causadas por enchentes em locais vulneráveis.
Portanto, as pessoas precisam saber se prevenir e, em casos de contágio, procurar atendimento médico rapidamente.
Outro motivo para a disseminação de doenças diarreicas é o consumo de água e alimento contaminados, inclusive por causa da falta de higiene.
Saiba como evitar esse tipo de doença, inclusive quando não há enchente, mas os moradores correm o risco de se contaminarem.
As doenças que surgem nos locais afetados por enchentes devem ser alvo de atenção da população e do poder público. Algumas dessas enfermidades são contagiosas, fato que deixa as pessoas ainda mais vulneráveis.
Se elas não receberem tratamento médico de forma rápida e eficaz, certamente correm o risco de morrerem por causa do agravamento do quadro clínico. O assunto é sério e não dá para deixar o atendimento para depois.
Portanto, a primeira providência que os moradores dessas regiões devem fazer mediante o surgimento dos primeiros sintomas, é ir urgente para o hospital. Além disso, torna-se ainda mais importante realizar exames de laboratório, pois essas doenças surgem a partir da presença de vírus, bactérias e demais micro-organismos.
Apenas por intermédio dos exames é possível detectar qual é o invasor e a partir daí iniciar o tratamento mais indicado, em alguns casos, com antibióticos. O Cedlab realiza todos esses testes. Veja agora, quais são as doenças causadas por enchentes.
A doença mais conhecida entre as que surgem devido aos alagamentos. É causada pela urina de animais infectados pela bactéria Leptospira, principalmente os ratos, que contamina a água e o solo por onde eles passam.
Seu contágio ocorre por meio do contato direto da pele com a água ou o solo contaminado; de uma ferida ou corte com a urina infectada; das mucosas no olho, nariz ou boca. Por isso, qualquer exposição com água parada significa um risco.
Os principais sintomas incluem febre alta e dor de cabeça; dor no corpo, principalmente na panturrilha, náusea, vômito, cansaço e tosse. Também pode surgir sangramento na urina e icterícia, que se trata da pele e dos olhos em tom alaranjado. Nos casos mais graves e quando não tratada a tempo, os óbitos por causa da doença chegam a 40%.
A contaminação dessa enfermidade acontece quando alguém toma água ou consome alimentos contaminados com fezes. Parece estranho dizer isso, mas elas estão na água de locais sem saneamento básico, que também é utilizada para cozinhar.
Além disso, deixar de lavar as mãos após usar o banheiro representa um risco para as pessoas que não têm esse hábito. Quando sujas, são um sinal de que estão contaminadas com coliformes fecais. Portanto, manter higiene pessoal é a primeira iniciativa para prevenir hepatite A.
Já seus sintomas mais comuns são cansaço, tontura, enjoo ou vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, além de urina escura e fezes claras. Como se trata de doença contagiosa, é obrigatório separar todos os objetos que o paciente precisa usar: pratos, copos e talheres, roupa de cama e de banho etc.
De acordo com o Ministério da Saúde, as Doenças Diarreicas Agudas (DDA) são um conjunto de enfermidades que surgem devido à infecção intestinal. O quadro clínico dessa condição de saúde se caracteriza pelo sintoma de diarreia no mínimo três vezes por dia durante o prazo de 24 horas.
A diarreia afeta a saúde devido à presença de micro-organismos que entram no corpo pela boca ou mucosa nos olhos e no nariz. Isso pode acontecer com maior chance durante as enchentes ou, no dia a dia, pela falta de higiene pessoal.
Sem tratamento, a diarreia pode levar à desidratação e consequentemente à morte. Por isso, o paciente deve ir com urgência ao hospital assim que surgir o sintoma. Febre, dor de cabeça e muscular, além de falta de apetite são sintomas que se manifestam com a diarreia.
Ambas as doenças atacam o intestino de forma infecciosa e surgem a partir da contaminação por Salmonella, que é uma bactéria. Ela invade o organismo principalmente pela ingestão de alimentos contaminados ou malcozidos, por exemplo, ovos, carnes e peixes.
Leite e seus derivados que estão em má conservação também podem conter Salmonella, assim como a água que não passa pelo tratamento de saneamento básico. Essa doença é contagiosa e os objetos pessoais do paciente devem ser separados e lavados com água quente.
O agravamento da doença pode levar a complicações sérias no intestino, mas seu tratamento é eficaz com o uso de antibiótico. Existem vacinas que previnem essas febres, além de iniciativas ligadas à higiene e ao tratamento da água, que deve ser fervida antes do consumo.
A cólera, da mesma forma que as doenças anteriores, se desenvolve após a ingestão de uma bactéria presente em água e alimentos contaminados. Nesse caso, o nome da intrusa é Vibrio Choleare. Diarreia abundante e vômito frequente podem levar rapidamente à desidratação e à morte. O perigo é ainda maior em crianças.
O médico trata essa doença receitando medicamentos, inclusive antibióticos, e indicando formas de repor rapidamente o líquido que o corpo perdeu. Não é raro que o paciente precise ficar no hospital para tomar soro. Trata-se de uma doença menos frequente em comparação as anteriores, no entanto, ninguém deve negligenciar os cuidados com a higiene.
Entamoeba histolytica é o nome do parasita que causa infecção no intestino de quem a contrai. Está na água e nos alimentos infectados por fezes de pessoas que já possuem esse micro-organismo. Sua contaminação também pode ser sexualmente transmissível no contato oral-anal, portando, a doença é contagiosa.
Em alguns casos, pode até ser assintomática, mas seus sintomas mais comuns incluem febre, diarreia, dor abdominal e perda de peso. Eles surgem entre duas e cinco semanas depois do contágio. Afeta principalmente o intestino, mas órgãos como fígado, pulmão e cérebro também estão sujeitos a problemas.
O tratamento para a Amebíase inclui remédios mais específicos. Além da medicação, é necessário manter o organismo bastante hidratado.
Essa infecção intestinal é causada pelo protozoário Giardia e é considerada uma das mais comuns em todo o mundo. Também está associada a locais sem saneamento básico.
Sua forma de contágio é semelhante às demais doenças diarreicas, bem como os sintomas que apresentam, incluindo gases e arrotos. Exames de fezes são indispensáveis para identificar com precisão a causa da doença.
Geralmente, o tratamento dura uma semana, mas é necessário acompanhamento para ver se o protozoário é resistente ao medicamento. Também é importante manter o corpo hidratado durante todo esse período.
Essa inflamação ataca tanto o estômago quanto o intestino e é causada por vírus, bactérias e parasitas. Provoca os mesmos sintomas que as demais doenças, além de ser contagiosa.
Para prevenir a gastroenterite é necessário garantir que a água e os alimentos não estejam contaminados, cuidar da higiene e não comer nada malcozido.
A desidratação que a diarreia e o vômito causam pode se manifestar deixando a boca seca, a sensação de estar com a língua grossa e reduzindo a quantidade de urina. Antibióticos e reidratação são as medidas mais urgentes para iniciar o processo de cura.
São várias as doenças que surgem por causa da água da enchente. Como você já percebeu, as chuvas desse começo do ano estão ainda mais fortes em comparação aos anteriores.
Entretanto, essa não á a única circunstância que provoca o aumento do número de pacientes desse tipo de enfermidade. A falta de higiene pessoal e em casa também faz muito mal.
Tome todas as providências para evitar o contágio e, dessa forma, as chances de ficar doente diminuem ao máximo. Caso sinta algum dos sintomas citados ao longo do texto, vá ao hospital.