Intolerância alimentar: compreenda os 5 tipos mais comuns

Milhares de pessoas precisam lidar com algum tipo de intolerância alimentar, adaptando a dieta para conservar a saúde.

Essa condição clínica exige não apenas conhecimento sobre o assunto, mas também disciplina no dia a dia.

O tratamento envolve a limitação do consumo de certos alimentos, embora existam suplementos que ajudam a lidar com a situação.

Sendo assim, descubra quais são as 5 principais intolerâncias alimentares e como conviver com essa realidade.

Quadro clínico é mais leve que alergia, mas exige cuidado

A intolerância alimentar é um problema de saúde que se manifesta de diversas formas. Ela ocorre quando o organismo tem dificuldade para digerir certas substâncias, causando desconforto e sintomas como dor, diarreia e inchaço, por exemplo.

É importante destacar que a intolerância é diferente da alergia, que provoca uma reação imediata do sistema imunológico e, dependendo da gravidade, pode ser fatal. Confira os principais tipos de intolerância alimentar e como lidar com cada um deles.

Intolerância à lactose

Ocorre quando o corpo não consegue digerir totalmente a lactose, um tipo de açúcar presente no leite e em seus derivados. Queijo, manteiga, requeijão, creme de leite e leite condensado são alguns exemplos desses alimentos.

Isso acontece devido à deficiência ou ausência da enzima chamada lactase, que é essencial para a digestão da lactose. Sem a ação adequada dessa enzima, o organismo não consegue absorver totalmente a substância. É necessário realizar o teste oral de tolerância à lactose e o teste genético.

Os sintomas surgem entre 30 minutos e 2 horas após o consumo de alimentos que contêm lactose. A gravidade dos sintomas depende não apenas do nível de intolerância, mas também da quantidade de lactose que a pessoa ingeriu. As reações geralmente incluem gases, diarreia, inchaço ou dor abdominal.

Para lidar com esse problema, uma opção é consumir produtos sem lactose. A outra, tomar suplementos de lactase antes de consumir alimentos que tenham lactose. Consulte um médico para saber qual suplemento você pode tomar.

Além disso, é possível substituir o leite de origem animal por outros fabricados a partir da soja, do coco ou da amêndoa. Eles não possuem lactose e estão liberados para pessoas com intolerância.

Intolerância ao glúten (não celíaca)

Essa condição alimentar é diferente da doença celíaca, embora apresente alguns sintomas semelhantes ou menos acentuados. A doença celíaca é autoimune e causa danos ao intestino delgado, enquanto a intolerância ao glúten gera desconforto, mas não prejudica o organismo da mesma forma.

Esse diagnóstico baseia-se na elevada sensibilidade ao glúten, presente em grãos como trigo, cevada e centeio. Portanto, o glúten faz parte da fabricação de pães, massas, bolos, biscoitos e vários alimentos ultraprocessados. Fique de olho nesses alimentos.

São eles que trazem problemas às pessoas com dificuldade de digerir glúten. Os principais sintomas incluem gazes, diarreia e inchaço, que surgem em até duas horas após a ingestão dessa substância.

Apenas os exames, aliados à experiência à mesa, são capazes de revelar o quanto cada pessoa é intolerante. Felizmente, hoje em dia muitos produtos trazem a descrição “não contém glúten” no rótulo, fato que facilita o cuidado em relação a essa condição de saúde.

Intolerância à frutose

A frutose é um tipo de açúcar presente, como o próprio nome indica, nas frutas. No entanto, ela também está em alguns vegetais: milho, cebola, cenoura, beterraba e batata-doce, entre outros. Além disso, muitos alimentos industrializados também são ricos em frutose, por exemplo, bolos, molhos, sucos em pó ou de caixa e refrigerantes.

A intolerância à frutose vem da má absorção dessa substância. Os sintomas são parecidos com os existentes nos demais tipos de rejeição, e o diagnóstico preciso depende de exames específicos. Sendo assim, o paciente pode lidar com essa questão simplesmente limitando o consumo de alimentos com alto teor de frutose.

Intolerância à sacarose

É a dificuldade de digerir o açúcar mais comum, aquele refinado usado no dia a dia. Isso acontece quando o organismo não possui as enzimas sacarase e isomaltase em quantidade suficiente para metabolizar esse tipo de açúcar. Estudos revelam que uma das causas dessa intolerância pode ser hereditária.

Assim como ocorre com o paciente que tem diabetes, é necessário eliminar o açúcar branco da dieta. A diferença é que o intolerante à sacarose talvez não precise se preocupar com os demais tipos de açucares existentes.

Intolerância a frutos do mar

O princípio é o mesmo existente nas demais intolerâncias. Neste caso, envolve a dificuldade de metabolizar proteínas presentes em peixes ou frutos do mar, como camarões, lagostas, caranguejos e mexilhões. Também existe a possibilidade de o problema estar relacionado às substâncias contaminantes que existem no mar.

Como se trata de alimentos totalmente naturais, não dá para comprar uma versão alternativa, como no caso dos produtos com a informação “sem lactose” ou “não contém glúten”. A única solução é reduzir ou eliminar da dieta o fruto do mar que faz mal. Preste atenção aos sinais do seu corpo, procure um médico e faça os exames para descobrir o nível de intolerância aos frutos do mar.

A Intolerância alimentar é uma condição que afeta a vida das pessoas e costuma durar a vida inteira. Às vezes, alguns pacientes conseguem se livrar dela ou reduzi-la, porque o organismo vai ficando tolerante às substâncias.

Os sintomas são mais leves em comparação aos da alergia, mesmo assim, causam bastante desconforto. O primeiro passo que você deve dar, é fazer exames com o objetivo de descobrir o nível de intolerância e, em seguida, adaptar-se o mais rápido possível.

Você tem intolerância a algum alimento? Acesse nossas redes sociais, diga qual é seu tipo de sensibilidade e como você lida com essa condição de saúde.