O verão está chegando e nessa estação do ano aumenta o número de casos de câncer de pele.
Como parte do apoio à Campanha Dezembro Laranja, que visa alertar para os riscos dessa doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia defende políticas públicas que facilitem o acesso ao protetor solar.
No entanto, você também precisa fazer sua parte e se prevenir dessa doença que possui mais de 700 mil novos casos por ano.
Veja quais são os tipos de câncer de pele e siga as orientações abaixo.
O câncer de pele é o que ocorre com maior frequência e o aumento do número de casos dessa doença está associado ao verão. É durante os meses mais quentes do ano que as pessoas ficam expostas ao sol, muitas vezes sem proteger a pele contra os raios ultravioleta. Veja como aproveitar essa estação e se prevenir todos os dias.
Tomar sol faz bem à saúde, inclusive porque essa é uma maneira de obter vitamina D. O problema está na exposição prolongada ao raio ultravioleta, que provoca um crescimento descontrolado das células subcutâneas. Saiba que as câmaras de bronzeamento artificial provocam o mesmo efeito na pele, mas sem oferecer os benefícios do astro-rei.
Normalmente, o organismo consegue reparar os danos que os raios UV causam, entretanto, quando a incidência dele é exagerada, o sistema imunológico não dá conta. É a partir daí que as células começam a crescer sem controle. Veja quais são os dois grupos principais de câncer de pele e qual a diferença entre eles.
Carcinoma basocelular (CBC) – É o mais comum, entretanto, o menos agressivo de todos os tipos de câncer de pele. Ele se surge em partes do corpo expostas ao sol (rosto, orelha e pescoço), no formato de uma pequena lesão ou ferida que não cicatriza. Raramente se espalha pelo corpo.
Carcinoma espinocelular (CEC) – Desenvolve-se com menor frequência em comparação ao diagnóstico anterior. No entanto, é mais agressivo, sendo identificado como uma lesão avermelhada, contendo crostas ou descamação. Outra característica é a sua capacidade de atingir outras partes do corpo.
É a mais grave versão dessa doença. Mesmo com menor número de casos, se espalha rapidamente para outros órgãos e o médico precisa realizar diagnóstico e tratamento precoces para facilitar a cura.
Qualquer pessoa que não se previne possui chance de desenvolver essa doença. No entanto, algumas estão mais sujeitas porque as características da pele delas favorecem o desenvolvimento do câncer.
O grupo que precisa se cuidar ao máximo é aquele formado por pessoas com a pele e os olhos claros, que tenham sardas, e cabelos loiros ou ruivos. Elas quase não possuem melanina, substância que ajuda a proteger a pele contra a ação dos raios UV.
Por outro lado, quem possui melanina em abundância na pele tem risco reduzido de ficar doente. Isso não significa que os negros estejam livres de qualquer problema, ao contrário, eles podem desenvolver um tipo agressivo de câncer.
Mais um fator de risco é o antecedente familiar, pois existe a chance de parentes próximos terem transmitido essa predisposição genética. Outro histórico importante é o de queimaduras solares mais graves, principalmente na infância ou adolescência.
Hoje em dia, é bastante comum divulgar informações sobre o risco de não se proteger da ação do raio ultravioleta. Porém, há 40 anos, era raro ver a mídia falar sobre esse assunto. A situação era semelhante em relação à falta de esclarecimento dos males que o cigarro causa aos fumantes (e não fumantes).
Devido à carência de conhecimento sobre os efeitos do raio ultravioleta na pele, antigamente as pessoas usavam mais bronzeador do que protetor solar. Sendo assim, por causa da elevada exposição solar acumulada ao longo dos anos, os idosos também têm maior possibilidade de desenvolver câncer de pele. É pertinente repetir a analogia com o cigarro, que pode levar ao desenvolvimento de câncer mesmo décadas após a pessoa ter parado de fumar.
Vale à pena chamar a atenção para o perigo do bronzeamento artificial. Essas câmaras emitem altos níveis de radiação UV, aumentando o número de casos da doença.
O câncer de pele pode se manifestar de várias formas, mas nem sempre elas são claras para o leigo. O que está ao seu alcance é prestar atenção se surge alguma pinta, mancha ou verruga. Apenas uma dermatologista pode dizer se isso é ou não algo sério. Saiba quais são as alterações mais comuns que aparecem na pele:
Feridas que não cicatrizam – São lesões que continuam sangrando ou formam crostas, sem seguir no processo natural de cura.
Manchas ou pintas irregulares – Ambas mudam de cor, forma ou tamanho. Essas alterações podem indicar a presença de melanoma.
Lesão com textura anormal – Estão em áreas que ficam ásperas, descamam ou coçam bastante. Também é um sinal de câncer de pele.
Qualquer pessoa pode olhar com facilidade para algumas partes do corpo, mas em outras áreas, por exemplo nas costas, isso só é possível usando um espelho. Além disso, o leigo precisa não apenas do olhar clínico do médico, mas também de exames específicos para obter um diagnóstico.
Por isso, é bastante importante realizar acompanhamento médico com frequência. Quando não há nada de errado na pele, esse tipo de tratamento é visto geralmente como sendo recurso estético. Esse pensamento está errado. A dermatologista não apenas detecta precocemente as doenças, mas também orienta como preveni-las.
O câncer de pele é só um exemplo grave de enfermidade, mas há várias delas: acne, eczema, dermatite, psoríase. Não minimize a importância de cuidar da pele, assim como você faz com o coração. Afinal, lembre-se, ela é o maior órgão do corpo humano.
Quem tem comportamento preventivo em relação à saúde consegue conservá-la e detectar precocemente alguma doença. Além das consultas regulares na dermatologista, há outras práticas simples que você pode adotar a partir de hoje. Anote quais são e não deixe para depois.
Passe protetor solar diariamente
Ele não existe para ser usado apenas quando você vai à praia ou piscina. Também é normal se queimar quando não há exposição solar direta. Além disso, até os dias nublados têm raios solares incidindo na pele.
Dermatologistas recomendam utilizar produtos com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior. Você deve passá-lo em todas as partes do corpo que ficam expostas ao sol: rosto, mãos, braços, pescoço, orelhas e pernas. A quantidade ideal é a equivalente a uma colher de sopa para cada área do corpo.
Evite se expor em certo período
Os horários mais quentes do dia são entre 10h e 16h. Trata-se do período que os raios UV estão mais fortes e, portanto, afetam mais a pele. Caso você precise sair nesses horários, use chapéu, prefira ficar na sombra e repasse o protetor após 3 horas.
Use roupas de proteção
Peças leves e, se possível, fabricadas com proteção contra raios UV ajudam bastante a combater a radiação solar. Óculos de sol também são importantes para proteger os olhos e toda a área sensível ao redor deles.
Evite bronzeamento artificial
As câmaras de bronzeamento emitem raios UV, elevando o risco de câncer de pele. Prefira o método tradicional de se bronzear. Hoje em dia, até o inverno tem dias quentes e eles são suficientes para deixar você quase pronta para a estação mais quente do ano.
O verão já está chegando e você não pode bobear. Vá até as nossas redes sociais e diga como você se previne do câncer de pele.