
Sintomas como perda de memória ou depressão podem estar associados à falta de nutrientes.
Isso ocorre quando o organismo tem carência de algumas substâncias importantes para o cérebro.
É ele quem comanda todas as funções do corpo e, para ter bom desempenho, necessita produzir neurotransmissores.
Continue lendo e veja o que você pode fazer para garantir que seu cérebro funcione da melhor forma possível.
A falta de nutrientes prejudica o funcionamento do cérebro, comprometendo tanto a saúde mental quanto a emocional. Esses problemas se manifestam, principalmente, por meio de sintomas como perda de memória, falta de concentração e lentidão de raciocínio. A partir do cansaço mental, a pessoa pode desenvolver quadros de ansiedade e depressão. Veja como a carência de nutrientes limita o funcionamento do seu cérebro.
Esse órgão é não apenas o mais importante, mas também o mais complexo do organismo. No entanto, ele depende de neurotransmissores (que são substâncias químicas que os neurônios produzem com o objetivo de se comunicarem entre eles) para cumprir todas suas funções normalmente. Bilhões de neurônios enviam informações inclusive a outras partes do corpo. Eles produzem os seguintes neurotransmissores:
A carência de nutrientes compromete a produção desses neurotransmissores e, como consequência, a comunicação entre os neurônios. Inclusive o processo de regeneração celular do organismo pode ser prejudicado nesse caso. Sabe como as pessoas podem atrapalhar o funcionamento do próprio cérebro? Comendo muitos alimentos ultraprocessados, fumando e consumindo bebida alcoólica.
Por outro lado, o organismo produz neurotransmissores a partir de proteínas, vitaminas, minerais e demais nutrientes existentes na alimentação. Criar e manter uma dieta equilibrada é o melhor caminho para fornecer ao cérebro todo o combustível necessário. Às vezes, após solicitar exames, o médico pode indicar ao paciente o uso temporário de suplementos. Isso depende de quanto determinada substância está abaixo dos níveis mínimos de referência.
Além de se alimentar de forma saudável, manter o corpo bem hidratado e praticar atividade física incentiva o corpo a produzir neurotransmissores. Veja quais nutrientes cumprem esse papel.
A melhor maneira de evitar doenças, inclusive às associadas ao cérebro, é manter uma dieta saudável. Crie um cardápio contendo diversos tipos de alimentos, ricos em nutrientes, como por exemplo:
Ômega-3
A substância DHA tem propriedades importantes para a estrutura cerebral, pois está presente nas membranas dos neurônios. Ela garante não apenas maior fluidez de pensamentos, mas também melhor funcionalidade do cérebro de forma geral. Por outro lado, a falta de ômega-3 pode aumentar o risco de depressão, ansiedade, declínio cognitivo e, em casos extremos, processos degenerativos. Os alimentos ricos em ômega-3 são os peixes de água fria, como o salmão e a sardinha.
Vitaminas do complexo B
Ganham destaque na produção de neurotransmissores voltados à saúde do sistema nervoso. A B12, por exemplo, cobre os neurônios, fato que assegura uma melhor transmissão dos impulsos nervosos pelo corpo. A vitamina B6 colabora na síntese de serotonina, dopamina e GABA. Essas substâncias ajudam a pessoa a se manter alegre e entusiasmada no dia a dia, prevenindo quadros de fadiga e depressão.
Magnésio
É um mineral que possui várias funções importantes no organismo, mas no cérebro, ajuda a manter a memória afiada e protege a degeneração desse órgão. Também acalma a mente, reduzindo o estresse. Você encontra bastante magnésio em vegetais verde-escuros, sementes de abóbora e de girassol, nozes, grãos integrais e no feijão. Inclua esses alimentos à sua dieta para conservar a saúde mental.
Zinco
Você já ouviu falar sobre neuroplasticidade cerebral? Trata-se da capacidade de se adaptar e aprender coisas novas. Essa é uma das qualidades que o zinco proporciona ao cérebro, além de melhorar a memória. Há bastante zinco nas carnes (bovina, suína; de aves, peixes) e principalmente nos frutos do mar como ostra e camarão. Também está em leguminosas, por exemplo, feijão e grão de bico.
Embora muitas pessoas acreditem que as únicas causas da carência de nutrientes sejam a dieta restrita ou a desnutrição, isso não é verdade. Também é possível desenvolver esse problema comendo em abundância. Agora você deve estar perguntando: ah, como assim? É verdade. A fartura que leva à falta de nutrientes é a de alimentos ultraprocessados.
Comidas congeladas, de fast food, refrigerantes, embutidos, salgadinhos, bolachas recheadas etc. são ricas apenas em conservantes, gordura trans, gordura saturada, corantes, açúcares e vários aditivos químicos. Esse tipo de cardápio é muito saboroso, mas, ao mesmo tempo, uma cilada. Não dá para negar que alimento ultraprocessado seja prático, no entanto, não nutre nem um pouco o cérebro.
Além disso, pesquisas já constaram que eles não apenas causam inflamação crônica no corpo, mas também prejudicam a saúde mental. Tal condição se estende ao cérebro, afetando a ação dos neurotransmissores. Daí surgem os sintomas de perda de memória e de dificuldade de raciocinar, por exemplo. Do ponto de vista emocional, aumentam os riscos de ansiedade e depressão.
Outro aspecto importante é o desequilíbrio que a falta de nutrientes causa ao microbioma intestinal. Como o intestino é considerado o segundo cérebro, pois possui cerca de 500 milhões de neurônios, a falta de nutrientes compromete o desempenho desse órgão. Além disso, sua comunicação com o cérebro fica prejudicada, fato que interfere inclusive no estado emocional.
Adolescentes com carência de nutrientes ficam mais irritados, impulsivos e apresentam queda no desempenho escolar. Idosos na mesma condição aumentam o risco de perda cognitiva e demência. É óbvio que a alimentação não é a única causa de problemas mentais e emocionais. Todavia, dependendo da qualidade do cardápio, a pessoa pode evitar ou acelerar vários processos.
O primeiro passo para saber não apenas o que há de errado no corpo, mas também as causas disso, é realizando exames laboratoriais. Eles indicam inclusive o desenvolvimento de problemas emocionais como ansiedade e depressão. Falta de nutrientes ainda compromete a qualidade do sono e o humor.
Não é à toa que os países que apresentam estatísticas de maior longevidade da população são aqueles que possuem dieta equilibrada. Veja abaixo exemplos de países de diferentes continentes.
Japão – Peixes e vegetais
Itália – Frutas, vegetais, grãos e azeite
Costa Rica – Milho, leguminosas e frutas tropicais.
De forma geral, cardápios saudáveis possuem um pouco de tudo que é natural. A carne vermelha não está proibida, mas recomenda-se o consumo moderado. Mesmo diante da correria do dia a dia, prefira comida de verdade. Deixe de lado a opção pronta e o fast food.
Se precisar (ou quiser) fazer um lanche rápido, prepare-o em casa usando ingredientes naturais. Aos poucos é possível fazer a transição de um cardápio que detona o organismo para outro que proporciona saúde, bem-estar e qualidade de vida.
E você, tem certeza de que seu organismo não está com falta de nutrientes? Você viu que esse problema afeta inclusive o desempenho do cérebro e ainda favorece o surgimento de depressão. Pense nisso e previna-se!