Compartilhe

Lúpus tem exame especial para ser detectado

O rosto de uma mulher está em destaque e na frente dele tem uma lupa que aumenta a imgaem do lupus que surgiu na pele dessa paciente.

Você sabe quais são os principais sintomas de quem tem lúpus?

Trata-se de uma doença que não tem cura, mas com os cuidados necessários, vários pacientes mantêm a qualidade de vida no dia a dia.

Diante dos sintomas, o primeiro passo é procurar um médico e fazer os exames específicos, pois o diagnóstico dessa doença não é simples.

Descubra quais são os principais sintomas do lúpus, quais exames fazer e como conviver com essa condição.

Erro no sistema de defesa do corpo leva a várias doenças

Lúpus é uma doença autoimune causada pela alteração do sistema imunológico, que leva as células de defesa a atacarem as células saudáveis do organismo. Essa falha ao escolher quem é o inimigo a ser eliminado provoca vários problemas de saúde e, se o lúpus não for tratado, pode resultar na morte do paciente.

O corpo humano é realmente o computador mais evoluído que existe. Ele tem diversas funções executadas com perfeição desde o nascimento. As atividades do pulmão, do coração e do sistema digestivo são só um exemplo do que é feito automaticamente todos os dias sem a nossa intervenção.

Mesmo assim, como toda máquina, ele também falha de vez em quando e quando isso acontece é preciso corrigir ou minimizar as consequências o mais rápido possível. O lúpus pode ser considerado um desses defeitos e “bagunça” inúmeras funções naturais do organismo de homens e mulheres no mundo todo.

Ele surge com mais frequência nas mulheres com idade entre 14 e 45 anos. Provoca inflação na pele, nos olhos e nas articulações. Os pulmões, o coração e o cérebro, entre outros órgãos, certamente podem ser afetados no decorrer do tempo. Tal doença não é contagiosa, mas há dois tipos de lúpus para tratar.

O mais comum é chamado de lúpus eritomatoso sistêmico e afeta várias partes do corpo. Outro tipo da doença é o lúpus discoide, que provoca alterações apenas na pele e, caso não seja tratado, evolui ao sistêmico. Portanto, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor será a condição para a pessoa se tratar no dia a dia.

Mesmo sem estatísticas sobre o número de casos, a Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que 1 a cada 1.700 mulheres no Brasil tenha lúpus. Veja quais são as causas e os sintomas mais notados por quem tem essa doença.

É necessário prestar atenção nos sintomas dessa doença

As causas exatas do lúpus ainda são desconhecidas. Entretanto, há consenso científico de que a genética, os hormônios e os fatores ambientais estão entre os fatores responsáveis pelo surgimento da doença. Quem tem histórico de lúpus na família pode desenvolvê-la durante a vida, por causa de certas circunstâncias.

Exposição à luz do sol e a infecções causadas por vírus são alguns desencadeadores da doença. Tais condições promovem desequilíbrio na produção de anticorpos e a alteração resulta em diferentes sintomas que variam de acordo com a pessoa, devido às particularidades genéticas de cada paciente.

Veja quais são os principais sintomas de quem tem lúpus:

  • Febre
  • Fadiga
  • Manchas vermelhas na pele
  • Dor e inchaço nas articulações
  • Elevada sensibilidade à luz solar.

 

A maioria das pessoas descobre que tem lúpus muitos anos após surgir a doença. Isso ocorre porque o paciente só se dá conta de que há algo mais sério, quando sofre uma crise intensa. Ainda é importante saber, inclusive, que há outro tipo de lúpus causado pelo uso em excesso ou errado de medicamentos.

Essa doença não tem cura, porém, precisa de tratamento contínuo para evitar o comprometimento da saúde. Um reumatologista sabe como reduzir os sintomas e preservar a qualidade de vida, sempre tendo em vista fazer com que o paciente continue com a própria rotina, mantendo suas responsabilidades e atividades de lazer. É possível ter uma vida normal e 90% dos pacientes sobrevivem ao lúpus.

O diagnóstico dele é complexo porque tais sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças. Sendo assim, a opinião médica é imprescindível na análise clínica do paciente, bem como a realização de exames específicos. Saiba qual exame fazer e como ele funciona.

É crucial fazer exame de anticorpos para detectar o lúpus

Após analisar o estado clínico do paciente, o médico com certeza vai pedir alguns exames, como os de sangue e de urina. O resultado deles já pode apresentar características bastante específicas, que ajudam a fechar o diagnóstico após a realização de demais testes.

Um deles é o Fator de Anticorpos Antinucleares, mais conhecido pela sigla FAN. Segundo a Dra. Alexandra Manfredini, biomédica e diretora do CEDLAB Laboratórios, esse exame detecta claramente se há anticorpos atacando células saudáveis do organismo. “Trata-se de uma identificação fluorescente, que destaca quais são as células que estão com comportamento alterado”, explica Alexandra.

O FAN revela se há doenças autoimunes de forma geral, ou seja, não se restringe ao lúpus. Por isso, é necessário fazer vários testes com o intuito de descobrir se o problema de saúde é mesmo causado pelo lúpus ou outra doença.

A diretora do CEDLAB ainda chama a atenção ao cuidado na hora de abrir o resultado do exame, pois sabe que ninguém espera chegar ao médico para saber o que está acontecendo com o corpo. “Os resultados ‘positivo’ ou ‘reagente’, analisados isoladamente, não significam necessariamente que a pessoa esteja doente”, esclarece Alexandra. “É preciso considerar a concentração de anticorpos, que não pode estar muito alta e isso é o médico quem vai lhe dizer”, completa. Na verdade, é um conjunto de exames que vai revelar a real condição do paciente.

Lúpus não tem cura, mas paciente tem qualidade de vida

Da mesma forma que os sintomas do lúpus podem ser diferentes em cada pessoa, o tratamento para controlá-lo também é específico, segundo as necessidades dos pacientes.

Como essa doença não tem cura, o tratamento adotado vai reduzir tanto a frequência, quanto a intensidade dos sintomas. Além disso, os medicamentos receitados ajudam bastante quando ocorrerem crises mais sérias.

Mesmo assim, na grande maioria dos casos, é possível ter uma vida normal seguindo alguns cuidados extras. Entre eles: o uso diário de protetor solar, a restrição de hormônios, fazer exercícios físicos e manter uma alimentação saudável.

O lúpus é uma doença autoimune que não tem cura, mas é bastante comum conviver mantendo a qualidade de vida e a alegria no dia a dia. Isso já acontece com os portadores de diabetes, outra doença sem cura, mas plenamente controlável. Pense nisso.

 

Agende agora o seu exame ou tire as suas dúvidas.