É fundamental compreender por que o número de infartos em jovens está aumentando e tomar providências para reverter essa tendência.
Em uma idade em que deveriam desfrutar de plena saúde, muitos estão enfrentando problemas cardíacos.
Entretanto, é possível prevenir que isso aconteça, desde que se observem alguns hábitos específicos.
Vamos explorar as principais razões por trás desses problemas de saúde.
A quantidade de infartos em jovens tem aumentado significativamente nos últimos anos, tornando-se uma preocupante questão de saúde pública. Vários fatores contribuem para essa tendência alarmante, incluindo condições cardíacas congênitas, tabagismo, estresse, sedentarismo e uma alimentação inadequada.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revelou que a taxa mensal de infartos entre jovens dobrou nos últimos 15 anos. Surpreendentemente, apenas 2% da população brasileira consegue identificar os sintomas de um infarto. Esse problema de saúde resulta em paradas cardíacas e, tristemente, em casos de morte súbita, inclusive entre atletas.
Contrariamente ao que se pensa, muitos jovens aparentemente saudáveis, frequentemente devido à sua constituição atlética, correm um risco maior do que se imagina. Um caso famoso é o do ex-jogador de futebol Washington, que sentiu azia por uma semana e, ao fazer exames médicos, descobriu um grave problema no coração.
Além das condições cardíacas congênitas ocultas, existem outros fatores evidentes que contribuem para os infartos. Os elevados níveis de estresse na vida cotidiana resultam em aumento da pressão arterial e na produção de cortisol, ambos prejudiciais para a condição das artérias e o funcionamento do coração. Com o tempo, essa combinação se torna uma bomba-relógio.
Aqueles que levam um estilo de vida sedentário enfrentam o risco adicional de acumular placas de gordura nas artérias e desenvolver hipertensão, o que também pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Mesmo na ausência de sintomas, é importante realizar exames de rotina para detectar precocemente quaisquer alterações no organismo.
Embora essas causas sejam amplamente conhecidas, outro fator tem chamado a atenção e contribuído para o aumento dos infartos: uma alimentação inadequada.
Vamos aprofundar essa questão.
Priorizar uma alimentação saudável é um dos passos mais cruciais para manter a boa saúde. Infelizmente, essa prática tem sido negligenciada nos últimos anos, muitas vezes atribuída ao ritmo acelerado da vida moderna. A falta de tempo para cozinhar levou as pessoas a optarem por alimentos ultraprocessados, que são prejudiciais ao corpo.
Conforme o próprio nome sugere, alimentos ultraprocessados passam por várias etapas de processamento industrial antes de estarem prontos para consumo. Eles contêm quantidades excessivas de açúcares, gorduras, substâncias sintéticas e conservantes.
Esses alimentos oferecem valor nutricional mínimo e são ricos em calorias. Embora proporcionem conveniência e economizem tempo no preparo das refeições, eles carecem de nutrientes essenciais para a boa saúde.
O que é ainda pior, o consumo desses alimentos eleva os níveis de glicose no sangue e, a longo prazo, pode levar ao desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão, obesidade e problemas cardiovasculares. Esse é um dos motivos por trás do aumento da incidência de infartos em jovens.
Aqui estão alguns dos principais alimentos ultraprocessados:
É crucial enfatizar o impacto prejudicial que os alimentos ultraprocessados têm na saúde. Um estudo da Universidade de Nova York destacou o aumento de casos de infartos e AVC entre pessoas que consomem quantidades significativas de alimentos ultraprocessados.
Se maus hábitos alimentares estão entre as causas do aumento da incidência de infartos em jovens, é importante identificar as características específicas dos alimentos que as pessoas estão consumindo. Que tipo de comida está à mesa em sua casa?