Você sabia que a doença celíaca é mais difícil de ser diagnosticada e pode aparecer em crianças com meses de vida?
É verdade. Os sintomas dela são confundidos com outras doenças ligadas ao sistema digestivo e precisam de muita atenção.
Adultos também estão sujeitos a desenvolver esse problema de saúde que não tem cura, nem tratamento com medicamento.
Veja de que se trata a doença celíaca, seus sintomas e o que o paciente deve fazer para levar uma vida normal.
Doença celíaca é autoimune, ou seja, incurável, mas não deve ser confundida com intolerância ao glúten. É o excesso de sensibilidade a esse tipo de proteína que também pode levar a tal problema, ambos têm sintomas parecidos e só o médico pode dizer o que de fato está acontecendo com cada organismo debilitado. A principal causa dessa enfermidade é genética.
Existem mitos e verdades sobre doença celíaca. Para evitar mais confusão, vamos começar separando o joio do trigo (desculpe o trocadilho). Este alimento, ao lado do centeio, da cevada e outros similares, contém o glúten que certos corpos têm dificuldade para digerir e a má absorção dele provoca diarreia, dor abdominal, gases e inchaço na barriga. Isoladamente, a intolerância não afeta o intestino, mesmo assim, o paciente precisa de dieta restrita para não piorar a situação.
Muita gente também pensa que tal doença pode ser alergia alimentar. Nada disso. Essa reação do corpo começa logo após a ingestão do alimento inapropriado e pode causar coceira, inchaço no rosto, manchas na pele ou falta de ar. A doença celíaca é silenciosa e os sintomas aparecem no longo prazo.
Na verdade, esse problema de saúde tem origem genética e está presente em quem não possui a enzima responsável por processar o glúten. Quando ocorre acúmulo dessa proteína, o sistema imunológico reconhece que há algo errado no organismo e toma providências para defendê-lo. Mas essa iniciativa protetora tem o efeito colateral de degradar o intestino (fica lesionado) e levar tanto ao agravamento do quadro clínico, quanto ao surgimento de mais doenças.
Descubra em qual momento da vida a doença surge e saiba quais são os outros sintomas para você ficar de olho.
Como se trata de um problema de origem genética, a incapacidade de digestão é descoberta inclusive nos bebês. Isso pode acontecer tão logo eles comecem a receber alimentos normais para a idade porque o glúten está incluído no cardápio de qualquer família. Segundo a Dra. Alexandra Manfredini, biomédica e diretora do CEDLAB Laboratórios, é bem normal encontrar sinais da doença nos três primeiros anos de vida. “Mesmo assim, às vezes, a enfermidade se manifesta só na fase adulta”, declara Alexandra.
Além dos sintomas ligados ao sistema digestivo, incluindo vômitos e perda de peso, existem outros que podem ser identificados. Veja alguns deles:
A causa desse problema é genética, ainda assim, ser portador de diabetes tipo 1 também surge como fator que eleva a chance de ter doença celíaca. Converse com um médico se esse for o seu caso. Pacientes que não se cuidam sofrem com a piora da saúde, pois há risco de terem osteoporose, problemas neurológicos, infertilidade e câncer intestinal.
Doença celíaca não tem cura e dá para ser controlada. A maior dificuldade está no fato de que pessoas nessa condição não podem ingerir nenhuma quantidade de glúten. Tolerância zero por parte do organismo. É proibido comer qualquer tipo de massa e o acompanhamento médico e nutricional se torna imprescindível para manter a segurança. Saiba quais são os demais alimentos industrializados que contém glúten e, por isso, proibidos. Todo cuidado e atenção são necessários no dia a dia.
Veja como descobrir se você tem esse problema de saúde.
Os sintomas básicos dessa enfermidade também são muito comuns quando há outras doenças. Principalmente as relacionadas ao sistema digestivo. Por causa disso, ninguém deve se assustar ao apresentar alguns indícios dela, nem menosprezar os sinais enviados pelo corpo. O primeiro passo é verificar se existe histórico familiar. O segundo, fazer uma bateria de exames, incluindo os de sangue, urina e a biópsia do intestino. Todos eles você pode fazer no CEDLAB.
De acordo com Alexandra, o diagnóstico só pode ser fechado após uma série de análises, como por exemplo, clínica e laboratorial. Os marcadores da doença celíaca (HLA DQ2 e DQ8) podem ser encontrados em até 30% da população e por isso a investigação deve ser profunda. “Certas características dessa enfermidade também podem estar em que tem alergia ao leite de vaga ou sofre de outras doenças, mas não da celíaca”, detalha a diretora do CEDLAB.
É a biópsia que dá mais certeza se o paciente tem ou não doença celíaca, porque por meio dela, o médico avalia a condição do intestino. Ele pode até repetir o mesmo exame depois de suspender o consumos de glúten por algumas semanas, com o objetivo de comparar o estado do órgão após a mudança da dieta.
Um intestino com lesões tem mais dificuldade de absorver os nutrientes ingeridos. Sendo assim, a doença celíaca é ainda mais séria nas crianças, pois afeta diretamente o desenvolvimento delas. Adultos também sofrem as consequências desse mal e podem desenvolver artrite, osteoporose, anemia e vários outros problemas de saúde.
Infelizmente, é importante reforçar que não há cura para essa doença, nem tratamento. A única forma de lidar com ela é por meio da restrição total de glúten. A orientação médica deve ser seguida a vida inteira. Claro que não é fácil, mas mantendo a disciplina, o paciente consegue ter uma vida normal e não sem nenhuma outra limitação além da dieta.